quarta-feira, 8 de julho de 2009

"Café"


Dizem os mais velhos que o problema do mundo é falta de fé.

Eu já acho que o problema da fé é a falta do mundo.

Inventaram esses recipientes que se fecha a vácuo (pros biscoitos não ficarem moles, sabe?), mas alguma coisa se inverteu e quem ficou duro mesmo fomos nós.

Se você prestar atenção, dá pra escutar o barulho do indivíduo do lado sendo mordido, parece salgadinho de criança.

Mas também, uma vez que a gente é quebrada, entra em contato com a saliva quente e também derrete. Derrete inteirinha...

E foi por isso que te chamei naquele dia pra ver um filme, sobre aquele pessoal, que parecia com a gente...
(Pra você não virar salgadinho de criança...)

Tá vendo como eu não me esqueço das histórias? Eu também amo muito você, sempre, pra toda a vida. Vou deixar isso escrito em algum lugar, com a minha letra, não importa se é cafona.

Agradecer por todos os bolinhos de chuva com café quente...

E por todos os crepes... Que sempre derreteram no céu da boca.

Um é pouco...

Dois é bom.

Três é demais.
E quatro?

Ah...
Quatro é pra quem tem coragem!

Boa sorte pra nós!

segunda-feira, 6 de julho de 2009

(Sobre o vazio de quem já pôs tudo pra fora)


Há dias de se descobrir que o mundo dá voltas sem sair do lugar. E que depois de dias ou até anos, podemos ser pegos naquele lugar comum, onde juramos nunca mais pisar.

E está tudo lá... Tal qual o deixamos... Com todas aquelas velhas sensações de nostalgia e abandono, e com todos os nossos sentimentos segregados por grades, trancafiados com enormes portões para que jamais possam deles sair.

Nos bolsos procuramos as chaves que abririam "aquele" portão... Aquele... Talvez o único que guarde algo que realmente valha a pena.

Queremos trocar. Aproveitar essa oportunidade rara e única de se voltar a um mesmo ponto. O ponto de partida.

Querer deixar aquilo que somos no repouso lento das grades.

Pra então, ser.

Hoje é como se partisse do zero.

Só que dessa vez, temos todas as chaves.