segunda-feira, 6 de julho de 2009

(Sobre o vazio de quem já pôs tudo pra fora)


Há dias de se descobrir que o mundo dá voltas sem sair do lugar. E que depois de dias ou até anos, podemos ser pegos naquele lugar comum, onde juramos nunca mais pisar.

E está tudo lá... Tal qual o deixamos... Com todas aquelas velhas sensações de nostalgia e abandono, e com todos os nossos sentimentos segregados por grades, trancafiados com enormes portões para que jamais possam deles sair.

Nos bolsos procuramos as chaves que abririam "aquele" portão... Aquele... Talvez o único que guarde algo que realmente valha a pena.

Queremos trocar. Aproveitar essa oportunidade rara e única de se voltar a um mesmo ponto. O ponto de partida.

Querer deixar aquilo que somos no repouso lento das grades.

Pra então, ser.

Hoje é como se partisse do zero.

Só que dessa vez, temos todas as chaves.

1 comentários:

Anônimo disse...

Partir do zero com todas as chaves no bolso é tarefa para aqueles que trazem consigo cicatrizes. Porque não nascemos com todas as chaves. Conquistamos. Engraçado perceber que há chaves para entrar e para sair e muitas vezes não as usamos porque ou encontramos a porta aberta ou não achamos a chave certa. Chaves, portas, passagens... para onde você vai, menina?