quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Fim

Se ainda faltava alguma coisa a ser dita, se ela, ainda que intimamente, aguardava por alguma coisa a ser ouvida, então já não aguarda mais.

Um telefonema no meio da tarde vem trazer a descoberta daquilo que ela já soube de mais bonito... Veio trazer pra ela a realização de ter cumprido sua missão e a tarefa de continuar cumprindo...

Porque não haveria poesia, nem a dela nem a dos outros (que ela toma como se dela fosse), se antes de tudo não houvesse ele, que permitiu que a menina se libertasse e voasse pra longe, sem elos... Liberta de qualquer amarra que impedisse sua poesia, sua arte e sua escrita de ser aquilo que se transformou.

Porque a entrega de ambos inspirou mais do que belos textos... Aguçou o gosto, o bom, por tudo que ainda havia de belo e não descoberto. Doutrinou o faro pra aquilo que foge aos outros, mas não poderá nunca fugir dos dois... As boas músicas, as boas letras, a delicadeza das melodias, dos livros, a poesia... os cafés.

Agora, do lado de fora da janela, é como se tudo fosse ficar lá dentro. Dentro do baú que providenciamos nessas horas. Mas não, acredite... Porque aquilo que lhe foi dado será pra sempre dele, e ele carregará pra sempre as notas que introduziram cada sentimento da poesia que ela trouxe pra sua vida ...

E ela estará sempre por perto... Pra lhe alimentar de poesia, e assim, se alimentar também... Nem que seja por alguns minutos... Nem que seja pelo resto da vida.

1 comentários:

Anônimo disse...

Quem sabe um dia descobrirá a menina que a eternidade é infinita...