Grandeza
(Quis deixar registrado antes que tudo se tornasse apenas a lembrança de um sonho mal interpretado. Quis deixar registrado antes que outros pudessem interferir no que precisava ser puro, limpo, sincero... Quis deixar registrado antes que tudo virasse uma outra coisa... e se transformasse.)
Hoje tive um sonho e por um momento cheguei a acreditar que tudo fosse verdade.
Sonhei com uma melodia sonora. Sonhei com os caminhos. Sonhei com a praia. Vermelha. Você.
Sonhei com uma melodia sonora. Sonhei com os caminhos. Sonhei com a praia. Vermelha. Você.
Sonhei que em uma tentativa desesperada de fazer parte, tentava te ler por dentro. Tentava alcançar o tanto que se esconde aí... menos na cabeça e mais no coração.
Então pela primeira vez te olhei nos olhos pra te ouvir menino, observar teu risco, e, por querer te alcançar, me arriscar também.
(Tolice minha achar que podia. O que você traz aí dentro é muito maior do que todas as coisas que eu poderia carregar. Pra mim.)
E eu então, me contentei em ficar ao longe... Pra ver se te descobrindo, me descobria também.
E sim. E não.
Ao despertar, saber que livros, Chopin e cumplicidade podem representar muito, sem que esse muito coloque tudo a perder.
(Você, menino, é das coisas grandes sem que eu precise engrandecer. E mais uma vez, obrigada.)




1 comentários:
Lembranças, sonhos, melodias, caminhos, olhos nos olhos, cabeças, corações, livros, Chopin, cumplicidade. A estas palavras de seu texto acrescento outra que ouvi de você: desprendimento. E penso que o único risco da vida é ser feliz!
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